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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O poder do rádio, das redes sociais e o carinho por 2 jornalistas.

Há cerca de um ano e meio, descobri um programa numa rádio carioca que possui um jornalista esportivo (nada imparcial e botafoguense doente) – Mauro Leão e um grande comunicador (flamenguista e implicante) – Paulinho Altunian . Esses radialistas animam as minhas manhãs. Nunca vi dois homens tão engraçados quando o assunto é futebol. Também nunca vi um jornalista esportivo tão bem informado, com colocações de quem entende do meio e seus bastidores, como o Mauro. Esse programa passava entre 6 e 9h, com duas incursões às 7 e 8h. Os comentários de todos que ouviam o programa eram que enquanto iam para seus trabalhos pareciam loucos rindo em ônibus e trens das supostas brigas dos dois durante o quadro esportivo do programa e eu também me incluía entre esses loucos.
A rádio fez algumas mudanças em sua grade de programação e alterou a configuração do programa dos mesmos. O programa com os dois ficou entre 5 e 7h, com apenas uma incursão do quadro esportivo. As 8h, o Mauro voltava para a segunda entrada, mas com outro jornalista. Ah, isso foi uma afronta aos ouvintes. Não ficaria assim!!!  Não temos nada contra o outro jornalista, que é ótimo, mas a graça do quadro era a palhaçada dos dois, o entrosamento que eles tinham, era um casamento. E nós sabemos: o que Deus uniu, o homem não separa!!!
Fomos  (eu e uma infinidade de ouvintes)  para as redes sociais e invadimos os perfis dos radialistas com nossa insatisfação, com nosso sentimento de abandono, de desalento. Como iria mostrar que estou por dentro do mundo do futebol, se não tenho mais estímulo para beber da fonte de informação que bebia antes?!  Sei que a coisa começou pequena e cresceu, chegando à direção da rádio.
Hoje, pela manhã, tive a surpresa de ligar o rádio e ouvir um pronunciamento da direção da rádio, pedindo desculpas pela mudança ocorrida e que voltaria atrás em respeito ao desejo dos ouvintes que se mostraram insatisfeitos e protestaram de forma tão intensa sua insatisfação.
Pois é, não me sinto tão sozinha. Sei que existem pessoas como eu, que dão valor ao material humano, a alegria de viver e a amizade.  Pessoas que se apegam, que gostam, que não têm vergonha de mostrar que gostam e que não querem perder os que gostam.
O rádio tem um poder imenso. A gente gosta pelo ouvir, sem dar juízo de valor pelo estético. O que funciona é a imaginação.
Legal ver essa junção do velho e o novo: o rádio e as redes sociais. Pois, usamos as redes sociais para encontrar nossos pares e fazer chegar a quem poderia mudar a situação a nossa insatisfação. E, o melhor, conseguimos.
Fiquei feliz em ver que pessoas iguais a mim, que sentiram a mesma perda, se uniram por um objetivo comum e conseguimos ter nosso programa esportivo comandado pela nossa dupla dinâmica. Só quem ouve sabe o que eles representam.




As brincadeiras de vocês fazem minhas manhãs mais leves. Por alguns momentos esqueço que o dia não vai ser fácil. Afinal, sou professora.

Um comentário:

  1. Não os conheço, escuto quase nada de rádio. Mas adoro jornalismo esportivo.

    Post divertido de se ler...

    Beijo. :)

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